E S P E T Á C U L O
Se eu desdenho o tempo
Com meu desenho no ar,
Desfaz-me o sopro do vento,
Apaga-me a sombra no chão.
Ergo-me a alma diáfana,
Vergo-me ao carma, translúcido;
Leva-me a sina da ida,
Lava-me água de pétalas.
Acaricia-me teu beijo último,
Teu primeiro foi desejo íntimo
E o derradeiro parecia distante.
Deixa-me o sol das manhãs,
Beija-me o rol de meus fãs,
Fecha-me a cortina e inicio o espetáculo.
CAMPINAS,21/09/2010-MARCOS RS RAMASCO.
Nenhum comentário:
Postar um comentário