quinta-feira, 23 de junho de 2011

NOITE

N O I T E
  (do livro : TRIST’ANJO)


Na calada da noite
Da noite calada,
Sinto um frio arrepio,
Um arrepio de frio.
Na rua, um silêncio deserto,
Um deserto de silêncio.
Um olhar frígido: o luar,
Luar, frígido vigiar.



A rua  .  .  .
A lua  .  .  .
A rua vazia,
A lua fria.
Late o cão,
Espanta o ladrão.
O gato mia,
Um pássaro pia.



Passa-me u’a brisa gélida,
Ilusiono sua imagem tépida,
Mergulho em sonho lépido,
Lacrimejo um pranto rápido,
Cai-me u’a lágrima quente,
Penso em tanta gente !
Hoje, meu carinho ninguém sente,
Mas isso, amanhã alguém desmente.



A rua  .  .  .
A lua  .  .  .
A rua vazia,
A lua fria
A mim vigia,
Senão eu corria,
Senão eu morria,
Eu amo você.



CPN,10/01/1970-MARCOS RS RAMASCO

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