M I R A G E M
Não consigo, de ti, libertar-me,
Meu coração adormece à tua imagem,
Existes para torturar-me,
Chorando, te estou à margem.
Nâo consigo de ti esquecer-me,
Meus olhos perdem-se em teus cabelos,
Que não te gosto, quero convencer-me,
Mas teus cabelos, ah ! torno a vê-los.
Estás bem a meu lado,
Não te lembras siquer,
Que há pouco tempo passado,
Eu te disse : porque não me quer ?
Mas os teus cabelos . . .
Sofro, mergulho na tristeza do mundo;
Choro,só a ti achei neste lugar imundo . . .
Mas os teus cabelos, meu DEUS !!torno a vê-los.
Não consigo deixar de tanto te amar,
Não posso esquecer de tanto te querer,
Nada mais posso fazer
Senão o tempo deixar passar.
Muitas lágrimas derramei,
Mas, nenhuma foi por ti;
Angústias, no peito, suportei
E tua presença suporto, mesmo entregue a ti.
Pensei que na vida tivesse,
Mais de um amor entre os amores,
Pensei que te esquecer eu pudesse,
Mas não posso e clamo alto entre os clamores.
Lamento, mas lamento tanto
E não sei até quando
Mais teu ir-me-ei tornando,
Jamais te conseguindo, no entanto . . .
CPN, / /1969-MARCOS RS RAMASCO.
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