S E R V I D Ã O
Ferroas-me abelha africana,
mordes-me e com olhar furioso,
como as hienas da savana
em ritual tão doloroso.
Despojas-me até os ossos,
impões-me todos fracassos,
triunfos são teus, não nossos,
infundes-me o fel bagaço.
Devoras-me, grande leoa,
que já fui melhor pessoa,
descuida-me que me enjoa.
Ainda, há um pouco que restou
de tudo que de mim desgarrou,
a intenção de agradar-te me sobrou.
ARTUR NOGUEIRA,01/09/2011
MARCOS RS RAMASCO.
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